POR QUE SOFREMOS NAS ORGANIZAÇÕES ? Este é o título do nosso próximo livro. Nos escaparates a partir de Maio de 2018.
Cada espécie coopera, associando-se em torno da resolução de problemas comuns, orientando-se para a sua própria natureza : o bem-estar da comunidade. Não estando, portanto, dependente de condições de domínio do mais forte sobre o outro para sobreviver. Tais condições poder-se-ão observar apenas em situações, absolutamente, excepcionais. Esta é a mais evidente lei do bem-estar, dentro e fora das organizações: cooperação. Onde não houver cooperação há sofrimento.
A etimologia da palavra cooperação remete-nos para o prefixo “co” que quer dizer conjunto. Já “operação” vem do latim “operatione”. Daqui poderemos perceber a ideia de ação em conjunto. Por esta razão não haverá discussão construtiva, conversa, negociação,..., sem espírito de cooperação. Só deste modo estaremos a aprender mutuamente. Até nos livros compreendemos o que isso quer dizer. Aprendemos todos juntos. A realização do homem civilizado, culto, independentemente do ponto do globo onde se encontre, exige espírito de cooperação. Isto, faz-nos perceber que a vida humana, a evolução de todas as espécies, depende disso mesmo: cooperação. Não do mais forte ou do que melhor se adapta ao meio. Nem da aprovação divina. Por seu turno, a palavra “escola” tem a sua origem na Grécia antiga: “skhole”. Mais tarde o Latim fez dela “schola”, tendo chegado enfim até aos nossos dias. Nos três momentos se lhe consagra a ideia de debate. Mas, pasmem-se. Escola também significava “folga ou ócio”, ou seja lazer e bem-estar. Onde terá sido que nos perdemos? Onde está essa escola do bem-estar e do debate? Por que seria diferente nas organizações, nas escolas, nas comunidades? Onde não houver espírito de cooperação não há aprendisagem. E com isso o sofrimento instala-se dentro das organizações.
Bem-estar é uma palavra composta por bem, cuja origem é bónus, implicando alta intensidade. E, estar é existir, viver. Já a carga negativa da palavra trabalho vem de tempos imemoriais. Trabalho tem como origem no latim a palavra tripalium, designando o instrumento de tortura usado para controlar os escravos, isto no tempo dos romanos. Assim, a concepção de trabalho veio-se a revelar algo "doloroso". Mas não tem de ser assim, acredito.
Aceitar este desafio torna-se, nos dias de hoje, essencial. Só isso dará sentido ao tempo passado no trabalho. Este é o tema central desta nova obra muito em breve à venda. Esteja atento.
Para contactar com o autor PAULO VIEIRA DE CASTRO : geral@paulovieiradecastro.pt